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terça-feira, 14 de julho de 2009

Hospital Maternidade Jesus, Maria, José enfrenta problemas financeiros


O Hospital Maternidade Jesus, Maria, José atende prioritariamente às crianças e gestantes pobres e carentes. A missão da instituição filantrópica foi esclarecida por seu diretor administrativo e financeiro, Rafael Porto, na prestação de contas de 2008, na quinta, 9 de julho, na Tribuna do Povo da sessão de quinta, 10 de julho. A iniciativa atende requerimento do vereador Cí (PSDB). Rafael ainda explicou que a Maternidade, presidida pelo bispo diocesano D. Ângelo Pignoli, é uma unidade pólo, referência em obstetrícia, cirurgia, pediatria e neonantologia, possuindo 121 leitos credenciados ao Sistema Único de Saúde.

No ano passado, a Maternidade registrou um aumento na quantidade de consultas. “Isso não é bom porque é um hospital terciário devendo atender somente casos de maior complexidade. As consultas deveriam ser realizadas nos postos de saúde”, afirma. Para Rafael, esse problema só será amenizado quando os Postos de Saúde abrirem também no período noturno. Outro problema enfrentado, em 2008, foi o aumento nas taxas de mortalidade e de infecção. “Acreditamos que essa situação foi gerada por falta de registro dos casos nos anos anteriores”, afirmou.

Financeiramente, segundo o diretor administrativo e financeiro, a Maternidade Jesus, Maria, José só não fechou 2008 deficitária porque a Receita Federal doou produtos apreendidos para a realização de uma feira que resultou numa renda de aproximadamente R$ 500 mil reais. Rafael explica que o principal problema do financiamento público da unidade é o repasse insuficiente dos municípios conveniados. “Por exemplo, um município contrata 10 atendimentos num mês. No entanto, geralmente, atendemos muito mais casos além da cota, porque a Maternidade é uma unidade de emergência”, afirma. De acordo com ele, os casos que excedem, muitas vezes, não são pagos, ficando o prejuízo para a instituição. Questionado pelo vereador Pedro Baquit (PSDB) sobre a obrigatoriedade desses atendimentos, o diretor afirmou que é um dever moral e cristão. Já Cí revelou que está articulando com as prefeituras da região para formar um consórcio da saúde a fim de dar sustentabilidade ao Hospital Maternidade. “Com isso, esperamos resolver definitivamente esse problema”, disse.

Decorrente dos problemas de financiamento, a unidade de saúde tem dificuldades para fazer investimentos, contratar mais profissionais e pagar em dias seus funcionários. “Nós estamos na eminência de perdermos médicos decorrentes dos atrasos de até 40 dias no pagamento dos salários”, revelou Rafael. Mesmo assim, o administrador afirma está confiante principalmente por seu relacionamento com a atual secretária da saúde Valéria Nepomuceno. “Tenho uma grande fé na gestão da Valéria. Tenho conversando bastante com ela e estamos, cada vez mais, se tornando parceiros. O Dom Ângelo também está tendo um diálogo constante com o prefeito Rômulo”, disse. Rafael repudiou qualquer tentativa de rivalizar os serviços da Maternidade e do Hospital. “Somos serviços complementares todos componentes do Sistema Único de Saúde”, ressaltou. O vereador Ivan Benício (PT) reforçou a idéia. “Se a Maternidade vai bem é porque o SUS como um todo gerido pela Secretaria da Saúde em Quixadá vai bem”, defendeu. A diretora operacional e tesoureira da Marternidade, Irmã Ana Maria, complementou: “nossa colaboração com o Hospital Dr. Eudásio Barroso é importante. Queríamos colaborar porque assim nós ajudamos mais as pessoas”.

Os vereadores César Augusto (PSDB) e Adriana Severo (PV) lembraram a importância da Casa da Gestante. “A Casa da Gestante é muito importante para as mulheres que vêem da zona rural”, avaliou César. Rafael explicou ainda que a unidade garante que mulheres que vêm de outros municípios ou da zona rural com uma dilatação ainda não suficiente fiquem próximas à Maternidade até o momento adequado para o parto. Outros dois projetos serão inaugurados pela unidade: a Farmácia Popular e o Hospital Escola. O primeiro aguarda a resolução de problemas burocráticos, já estando inclusive com a construção do prédio concluída. Já o segundo projeto aguarda a autorização do Ministério da Educação para o curso de Medicina na Faculdade Católica.

O diretor administrativo e financeiro encerrou sua apresentação com a frase do bispo D. Ângelo: “Ciente de que todo empenho humano é insuficiente, e impossível sem a graça de de Deus, posso convocar a todos para prosseguir com empenho renovado em defesa da vida”. A vereadora Dadá Almeida (PT) defendeu que fazer saúde nesse país não é fácil. “Só sabe quem está lá, quem administra”, disse. A presidenta Edi Leal (PT) comentou que qualquer feito na saúde é pouco porque a demanda é inesgotável. “Por isso, não podemos nos cansar de trabalhar pela melhoria nas condições de atendimento em saúde”, afirmou.

Informações extraídas do site da Câmara Municipal de Quixadá
http://www.camaraquixada.ce.gov.br

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