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sexta-feira, 21 de setembro de 2007

LULA E CHÁVEZ COMBINAM ROTINA DE REUNIÕES PERIÓDICAS




Durante o encontro desta quinta-feira (20) em Manaus, representantes dos governos brasileiro e venezuelano não chegaram a firmar nenhum acordo oficial. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, no entanto, acordaram que integrantes dos governos dos dois países irão se reunir pelo menos quatro vezes por ano para intensificar a aliança e discutir temas de interesses bilaterais.
"Decidimos que Venezuela e Brasil vão fazer quatro reuniões por ano, duas na Venezuela e duas no Brasil, para que a gente não permita que os adversários da aliança estratégica Venezuela e Brasil interfiram nas nossas alianças com boatos. Os boatos serão dirimidos com a nossa conversa pessoal", disse Lula. O primeiro desses encontros está previsto para a primeira quinzena de dezembro, em Caracas.
Lula negou haver qualquer divergência entre ele e Chávez, e voltou a reafirmar o interesse do governo brasileiro de integrar, o quanto antes, a Venezuela ao Mercosul.
"Sabe, Chávez, em política, quando dois dirigentes passam muito tempo sem se encontrar, começa a surgir entre eles uma série de inquietações, de insinuações”, disse o presidente brasileiro diretamente ao venezuelano, no momento em que faziam uma declaração à imprensa. “As pessoas começam a falar em divergências, em disputas de lideranças. As pessoas começam a falar uma série de coisas que eu tenho a consciência de que não passam pela sua cabeça e não passam pela minha cabeça. É importante dizer que o Brasil está trabalhando, que o processo está no Senado, e nós esperamos que o mais prontamente fosse votado para que a Venezuela seja definitivamente um país membro do Mercosul."
Mercosul
Para a Venezuela se tornar membro definitivo do Mercosul, os Senados do Brasil e do Paraguai ainda precisam aprovar a sua adesão. Em julho, Hugo Chávez chegou a estabelecer um prazo fixo para que os Congressos dos dois países aprovassem a entrada da Venezuela no bloco econômico, afirmando que, do contrário, se retiraria do processo.
Em declaração à imprensa, o presidente Lula reforçou a importância de Brasil e Venezuela intensificarem suas relações: "É importante que todos saibam que Brasil e Venezuela têm uma relação estratégica – estratégica por interesses geopolíticos, estratégicas por interesses econômicos, comerciais, de desenvolvimento, de investimento na área de ciência e tecnologia, até porque nós estamos convencidos de que a vida do povo da América do Sul e da América Latina só irá melhorar quando nossos países desenvolverem e tiverem riquezas para distribuírem para o seu povo".
Lula acrescentou, ainda, que tem na pessoa de Chávez um companheiro para os "bons e os maus" momentos. "Para festejar as coisas boas e enfrentar as coisas difíceis. Porque nós sabemos que na nossa querida América Latina, e na nossa querida América do Sul, muitas vezes as pessoas não querem aceitar que exista um governo progressista, que exista um governo preocupado com as pessoas mais pobres. E eu estou convencido, Chávez, que essa aliança estratégica entre Brasil e Venezuela pode ajudar a Bolívia, pode ajudar o Paraguai, o Uruguai e o Equador, que são os países considerados mais pobres da nossa querida América do Sul", concluiu.

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