Operador -Tonny Black; Karpeggiane Viera, Jackson Perigoso e Chico Javali |
Brasil tem um milhão de abortos clandestinos por ano.
O programa “Censura Livre” que vai ao ar todos os sábados na FM Central
debateu com muito dinamismo e seriedade um dos assuntos mais polêmicos
da atualidade que é a questão da legalização ou descriminalização do
aborto no país.
Os
convidados Dr. Gledson Alves, presidente da Seccional da OAB no Sertão
Central cearense e o representante da Comunidade Católica Shalon,
Eduardo Vieira. O católico teve a oportunidade de explicar para a
população regional os motivos que levam a igreja a se posicionar contra,
“defendemos a vida em todas as ocasiões e por isso aquela pessoa que
comete um aborto comete dois crimes, um penal e o mais grave que é
divino”, destacou. Já o Advogado fez uma analise da legislação
brasileira e explicou que hoje há duas hipóteses que a lei penal permite
que são aqueles necessários que causam risco a vida da gestante e
eliminar gravidez resultante de estupro. “Atualmente, o Código Penal
brasileiro classifica o aborto entre os crimes contra a vida. A pena
prevista para a mulher que o provocar ou permitir a prática em si mesma
vai de um a três anos de detenção (artigo 124)” explicou. Uma terceira
possibilidade diz respeito ao aborto terapêutico para casos de anomalias
fetais incompatíveis com a vida, isto é, quando o feto apresenta má-formação severa ou acefalia, situação que tem gerado um grande debate na sociedade.
A enquete do portal Revista Central que
teve a participação de 290 internautas mostra que de fato a população é
contraria a legalização e se posiciona na mesma linha das grandes
pesquisas nacionais com o resultado. Visto que em todas as pesquisas o
percentual contrariando fica sempre na casa de 70% a 80%.
Na
enquete 77.2% optaram contra a descriminalização e 17.6% são
favoráveis, já 5.2% ainda estão a decidir sobre o polemico tema que
ainda será dialogado em muitas tendas e gerará ecléticas discursões.
Para
o advogado, a iniciativa do programa é louvável, visto que debater
estes despertar o senso critico das pessoas e colabora para uma formação
cidadã mais atualizada e critica. Na mesma linha o religioso
parabenizou toda a equipe do portal Revista Central.
Uma
pesquisa recente realizada pelo Ibope para a "Católicas pelo Direito de
Decidir" mostrou que quase metade da população brasileira ainda
desconhece o aborto legal e que 95% dos entrevistados não souberam citar
nenhum hospital que pratique abortos permitidos por lei.
A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA) indica que o aborto é tão comum no Brasil que, ao completar 40 anos, mais de uma em cada cinco mulheres já fez aborto. Tipicamente o aborto é feito nas idades que compõem o centro do período reprodutivo das mulheres, isto é, entre 18 e 29 anos, e é mais comum entre mulheres de menor escolaridade, fato que pode estar relacionado a outras características sociais das mulheres de baixo nível educacional. A religião não é um fator importante para a diferenciação das mulheres no que diz respeito à realização do aborto. Refletindo a composição religiosa do país, a maioria dos abortos foi feita por católicas, seguidas de protestantes e evangélicas e, finalmente, por mulheres de outras religiões ou sem religião.
A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA) indica que o aborto é tão comum no Brasil que, ao completar 40 anos, mais de uma em cada cinco mulheres já fez aborto. Tipicamente o aborto é feito nas idades que compõem o centro do período reprodutivo das mulheres, isto é, entre 18 e 29 anos, e é mais comum entre mulheres de menor escolaridade, fato que pode estar relacionado a outras características sociais das mulheres de baixo nível educacional. A religião não é um fator importante para a diferenciação das mulheres no que diz respeito à realização do aborto. Refletindo a composição religiosa do país, a maioria dos abortos foi feita por católicas, seguidas de protestantes e evangélicas e, finalmente, por mulheres de outras religiões ou sem religião.
Brasil tem um milhão de abortos clandestinos por ano. Aborto clandestino é a quarta causa de morte materna no Brasil
Segundo
o relatório, 46 milhões de abortos intencionais são realizados no mundo
a cada ano, dos quais 78% em países em desenvolvimento e 22% em países
desenvolvidos. Outros 31 milhões de gestações são interrompidas
espontaneamente ou resultam em fetos natimortos. Ou seja, 77 milhões de
bebês deixam de nascer por causas naturais ou induzidas. Ao todo, 211
milhões de mulheres engravidam por ano, das quais 87 milhões de forma
involuntária. A América Latina concentra 17% dos casos de aborto
mundiais, atrás apenas da África, que responde por 58%.
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