O criminoso potiguar Sílvio Souza Moreira, que era acusado de vários crimes cometidos principalmente na região Oeste do Rio Grande do Norte, foi encontrado morto no na noite de sexta-feira passada. Ele havia fugido da Cadeia Pública de Quixadá, na terça-feira, 27. No corpo do fugitivo não foram encontradas marcas de bala ou qualquer outro tipo de lesão que tivesse provocado sua morte. A suspeita é que ele tenha caído de sede ou fome.
De acordo com o inspetor Erismar Granja, da Delegacia Regional de Quixadá, o corpo de Sílvio foi encontrado por populares na localidade de Daniel Queiroz, zona rural de Quixadá. Para fugir da Cadeia Pública, Sílvio e mais sete criminosos roubaram um carro. Houve perseguição e eles tiveram que abandonar o veículo, segundo à pé pela mata. “Ele foi encontrado do outro lado do local que havia sido cercado na noite da fuga. Foram vários dias correndo pelo mato”, comenta o inspetor. Na primeira avaliação da perícia, não foi encontrada nenhuma perfuração.
O corpo de Sílvio foi encaminhado para o Instituto Medicina Legal (IML) de Quixeramobim, distante 46 km de Quixadá, local da fuga. A previsão é que o laudo de exame cadavérico deva ser entregue à Polícia Civil em aproximadamente 15 dias. Até lá, o que teria realmente motivado a morte de Silvio Moreira, que já foi considerado um dos mais perigosos criminosos em atuação no Rio Grande do Norte, permanece um mistério. “Sem esse laudo, fica difícil dizer algo sobre a morte dele. Vamos esperar o IML nos mandar o resultado dos exames”, diz Erismar Granja.
Além de Silvio Moreira, havia ainda um outro potiguar na fuga da Cadeia Pública de Quixadá. Trata-se do assaltante Luís Arthur de Freitas, que segundo consulta no sítio do Tribunal de Justiça do RN, possui quatro processos, todos na Comarca de Mossoró. Ele é apontado pelas autoridades cearenses como um dos mentores intelectuais da fuga. Silvio era considerado o mais perigoso dos oito que fugiram e o líder do plano ousado. Para fugir, eles renderam o diretor da cadeia com uma faca, Jaime Cezar Souza Almeida, o plano de Silvio, e ainda fugiram levando as armas dos policiais.
Dos oito, seis ainda continuam foragidos. Um deles foi preso em um cerco policial montado ainda na noite da fuga, ocasião em que o grupo se dispersou e foi obrigado a fugir à pé pelo matagal. Luís Arthur é um dos foragidos que estão sendo procurados. Ele e Silvio haviam sido presos em abril desse ano. Os dois iriam assaltar uma loja de eletroeletrônicos em Quixadá. Os dois trajavam roupas sociais para tentar não chamar a atenção e chegaram a usar os funcionários do estabelecimento como escudo na hora que os policiais chegaram. Porém, desistiram e se renderam.
Presos fazem refém e fogem de cadeia de Quixadá
Na terça-feira passada, Sílvio Moreira e Luís Arthur aproveitaram a presença de um grupo religioso que costumava dar aulas para os detentos da Cadeia Pública de Quixadá para executarem uma fuga em massa. Os dois e os outros presos aproveitaram um momento de descuido do diretor da cadeia, que foi rendido com uma faca. Eles levaram o diretor e os membros da igreja que estava na cadeia à parte da frente, todos feitos reféns. Lá, usaram os reféns como escudo contra os policiais militares que faziam a guarda da unidade. Os PMs foram obrigados a se render para evitar uma tragédia e ainda tiveram suas armas roubadas pelo grupo. Os reféns foram soltos mais adiante e o grupo fugiu levando um carro roubado.
Informações do Jornal Tribuna do Norte com adaptações
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