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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Escola e alunos enfrentam dificuldades em Pedra Branca

Na Escola Municipal Francisco Antônio Apolônio, em Pedra Branca, a 264 quilômetros de Fortaleza, há problemas que vão muito além da oferta da merenda escolar: professores com contratos provisórios, salas multiseriadas e a própria precariedade dos prédios, onde os animais domésticos entram e saem livremente.

Por estar localizada a três quilômetros da sede, a Francisco Antônio Apolônio leva uma vantagem sobre as demais unidades municipais de ensino. Ali não houve descontinuidade no fornecimento da merenda escolar por tempo prolongado, a exemplo de outras unidades localizadas na zona rural, onde as chuvas arrasaram com as estradas, impossibilitando o tráfego dos veículos.

O secretário da Escola, Agatan Pinho, explica que mesmo com a proximidade da sede, há dificuldades estruturais na escola, uma vez que ainda este ano muitos alunos, residentes em sítios mais distantes, deixaram de freqüentar as salas de aula e, por falta de um número mínimo de estudantes, as aulas tiveram que ser suspensas e não se forneceu a merenda escolar. O município também se ressente da alta taxa de evasão escolar, também gerada por alunos que abandonam as escolas para o trabalho de canaviais em São Paulo.

Para evitar que mais um dia de aula seja suspenso, chega-se a juntar 12 alunos numa sala de aula, compreendendo desde o pré-escolar ao 2º ano. Uma outra turma foi formada com alunos do 3º e 4º anos.

As dificuldades em oferecer um ensino de boa qualidade em Pedra Branca foram, inclusive, objeto de uma avaliação interna, que avalia todo um conjunto de ações negativas para o setor educação.

Foram verificados, dentre outros pontos, a falta de conhecimento e compromisso de alguns professores e coordenadores, o não cumprimento da carga horária nas salas de aula, o ano eleitoral, em 2008, e a interferência dos políticos favorecendo a contratação de pessoas sem condições adequadas para o trabalho na Educação.

A secretária de Educação do município, Carminha Mendes, que é irmã do prefeito Antônio Góis (PRP), reconhece que houve um mau desempenho na escolaridade do município, o que refletiu na perda de recursos, por meio dos repasses do ICMS este ano.

“O problema da precariedade do ensino vem de muitos anos e não poderíamos resolver em tão pouco tempo”, disse Carminha, que é secretária desde a gestão passada, quando o seu irmão também era o prefeito da cidade. “O fato de eu ser irmã do prefeito somente aumenta a responsabilidade e a cobrança por um setor, que todos nós estamos dando a nossa alma e queremos ver mudanças”, disse a secretária.

Informações extraída do Diário do Nordeste.
www.diariodonordeste.com.br

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