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terça-feira, 14 de abril de 2009

Programa 190, Comando 22, Rota 22: O sangue que dá voto

O apelo do sangue na tela continua dando e explorando o voto do povo. É o poder do estrelismo a contaminar na hora das eleições. O sujeito se auto-promove à custa de um programa de extremo apelo popular (aqui vale a futilidade do futebol ao conteúdo jornalístico que se aproxima mais das periferias da capital). Desta forma os sujeitos ficam em evidência na mídia todos os dias, utilizando-se a facilidade da penetração de uma emissora de TV no público que dá mais voto (as classes C, D, E). Os programas policiais parecem ter a fórmula certa do sucesso político de muito apresentador que confunde o poder da comunicação coletiva com o poder de domínio pessoal para alavancar cargos cada vez mais altos na cúpula da política.

O horário do meio dia na TV cearense é utilizado por duas emissoras de Fortaleza para dar suporte político aos apresentadores do Cidade 190 (TV Cidade), e o Comando 22 (TV Diário). É um verdadeiro “circo de horrores” que cativam o público que vive nos horrores. Cada vez mais gente se utiliza da TV como base de um corpo eleitoral para atingir os objetivos pessoais. É muito fácil diariamente a pessoa entrar (sem precisar bater na porta) na casa dos cidadãos de uma maneira tão ágil, e imensamente maior (é como se multiplicasse a mesma pessoa em milhões e apertasse a mão diretamente na alma do espectador, possível eleitor). Até o discurso fica mais sereno, bonito, e entra com mais facilidade na cabeça dos telespectadores eleitores. A imagem dos apresentadores (políticos ou futuros pretendentes) fica parecida com a de Jesus Cristo, para isso, basta o sujeito ter um mínimo de carisma, mentir ou se passar de homem preocupado com as causas públicas (já é metade de um voto no futuro).

Com a proximidade de 2010 os ataques as atuais administrações são mais freqüentes. Caso não façam parte da atual gestão, seja municipal, estadual ou federal. E se fizessem esconderiam os problemas entre suas pernas e o bloco dos comerciais. Como não fazem parte do Governo, e são adversários políticos enchem a boca para fazer terrorismo psicológico nos eleitores (claro que muitas das vezes fazem o papel do apresentador mostrando a realidade). Pois, que se mostre o real sem a intervenção dos interesses pessoais ou de grupos econômicos ou de comunicações que patrocinam a desgraça do espetáculo dos programas populares de sangue e violência (único horário da TV onde o pobre é a estrela, o astro rei do IBOPE).

O aproveitamento político usando o recurso da TV nunca foi tão explícito no Ceará. O caso é grave. Tão grave quando os padres e pastores que se utilizam dos fiéis (passando a perna nos mandos de Deus) para sacar também os cofres públicos (se já não bastasse os das igrejas). No entanto, o massacre eleitoral visto na TV parece permanecer calado na sufocação e domínio do público de casa. Que diante a guerra ofensiva das informações poderia ter como arma o recurso de defesa do controle remoto. Mas, infelizmente não há uma pluralidade democrática nem na programação das TVs, e nem no domínio da posse de uma emissora de TV. Caso mude de canal poderá encontrar outras formas de persuasão no disfarce do entretenimento ou no jornalismo sincronizado com algum interesse obscuro perante periferia analfabeta de letramento visual. Poucas são as exceções. É preciso educar para assistir. O letramento visual e suas nuances, em épocas onde a imagem é tudo, deveria ser ensinado nas escolas (mas, nem os professores estão preparados para tal façanha).


Os apresentadores que se aproveitam das concessões públicas das emissoras de TV e da ingenuidade dos milhares de eleitores que confundem o personagem da TV com o homem real “são merecedores de uma surra de chicote de boi em plena praça pública”. 190 nos dígitos pregados as siglas partidárias que pressionam o corpo estirado nas urnas. Apresentadores da cidade sangrenta, de tiros que acertam o encéfalo cardíaco da miséria. Comentaristas, apresentadores santos, do comando de golpe duplo na vida dos telespectadores, a fantasias do real dos eleitores. Ache bom ou ache ruim, o TRE e a sociedade organizada deveria atuar com mais intensidade sobre esta fraude televisiva. É isto!



3 comentários:

Anônimo disse...

Esses programas não tem nenhuma credibilidade, mais é verdade são um bando de politicos sem prestigios.

Anônimo disse...

o ferreira aragão desçe a chibata mesmo e é um otimo deputado parabéns.

Anônimo disse...

Até onde eu sei, falar a verdade nunca foi apelação!!!

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