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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

CASO ELOÁ: Lindemberg vai a júri popular

A Justiça decidiu ontem que Lindemberg Alves, de 22 anos, irá a júri popular pelo sequestro que resultou na morte de sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos. De acordo com a decisão do juiz José Carlos de França Carvalho Neto, da Vara do Júri e Execuções Criminais de Santo André, no ABC Paulista, Lindemberg será julgado por homicídio e tentativa de homicídio -contra Nayara Rodrigues, de 15 anos, disparo de arma de fogo e cárcere privado - contra Eloá, Nayara e os amigos delas Iago Vilera e Victor Lopes, ambos também de 15 anos. A defesa afirmou que vai recorrer.

A decisão foi anunciada após o juiz ouvir 13 testemunhas do caso. Último a depor, Alves se negou a falar. Após o juiz ler o histórico do caso, Lindemberg calou-se. ´Prefiro me manter calado nesta oportunidade.´ Em seguida, a defesa e acusação do caso tiveram um debate com o juiz, na qual cada um dos lados teve 20 minutos cada para argumentação.

Depoimentos

Foram ouvidas 14 pessoas, 5 delas testemunhas de acusação: Nayara, Iago, Victor, o irmão da Eloá, Ewerton Douglas, e o policial Athos Antonio Valeriano, contra quem Lindemberg atirou no início do cárcere. A defesa arrolou 9 pessoas, sendo 6 entre amigos e vizinhos de Lindemberg e três policiais militares do Gate que participaram da operação.

Os três policiais, que foram os primeiros ouvidos entre as testemunhas de defesa, afirmaram que a invasão do apartamento onde Eloá era mantida refém só aconteceu porque foi ouvido um disparo momentos antes. Segundo eles, havia orientação superior para que só houvesse invasão caso fosse disparado outro tiro.

Com isso, eles contrariaram a versão de Nayara. Ela afirmou ter ouvido um estampido pouco antes da porta cair - a polícia utilizou explosivos para derrubar a porta. Segundo o promotor Antônio Nobre Folgado, ´não foi constatado pela perícia (a existência novo disparo antes da invasão)´.

Lindemberg acompanhou os depoimentos do policial Athos, do irmão de Eloá, Ewerton Douglas, e das testemunhas de defesa. Ele não estava na sala quando Nayara, Victor e Iago foram ouvidos.

Nayara contou ao juiz que Lindemberg foi com a intenção de matar Eloá. Sobre a volta dela para o local, contou que foi procurada pela polícia na casa da avó. Ela, sua mãe e o irmão de Eloá voltaram ao local e, segundo Nayara, os policiais disseram para ela falar com Lindemberg pelo celular. A garota seguiu até o apartamento. Lindemberg dizia para se aproximar para que os três saíssem de mãos dadas.

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