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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Passeata da UNE e Ubes protesta contra SPC da educação

“Educação não é mercadoria”, esse é o mote do protesto convocado pela UNE, Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), UEE-SP (União Estadual dos Estudantes) e Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas) em frente ao Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). O alvo e o recém criado 'SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) da educação', que iguala o cohecimento à mercadoria.

Munidos de um carrinho de compras com imitações de produtos contendo nomes de cursos de graduação, e simbolizando a mercantilização da educação os estudantes protestarão pacificamente pela suspensão do Cadastro de Informações dos Estudantes Brasileiros (Cineb).

''Nosso setor jurídico já trabalha para entrar com ação nesta sexta-feira. Estamos otimistas com uma resposta positiva do Ministério Público Federal'', afirma a presidente da UNE, Lúcia Stumpf. ''Não é possível esse tratamento da educação como mercadoria. O Estado concede às instituições a possibilidade de oferecer um serviço. A educação é um direito'', aponta.

''A implementação do Cineb, aliada à falta de comprometimento com a qualidade do ensino nas instituições particulares no Brasil, demonstra a visão mercantilista em relação educação, que é um direito, não um bem de consumo'', avalia a vice-presidente da UNE e diretora da UEE-SP, Ana Flávia Marques.



O ato convocado é a primeira ação do movimento estudantil na tentativa de suspender o cadastro, considerado arbitrário e, de acordo com as entidades, demonstra que os ''proprietários de instituições de ensino não têm compromisso com a função social da educação e enxergam as escolas e universidades como uma mera atividade de mercado''.

O Cineb
Começou a funcionar oficialmente na ultima quarta-feira (29/10). O site - que é patrocinado pela Confenem - poderá ser consultado por escolas e universidades de todo o país e terá o nome dos alunos ou pais de alunos que estão inadimplentes com algum estabelecimento de ensino particular.

Caso o estabelecimento decida consultar os dados do estudante interessado em se matricular e constatar que há relatos de inadimplência, a matrícula poderá ser recusada.

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