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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Alunos serão punidos por 'colar' professora em cadeira em SP

A professora teve queimadura de primeiro grau nas pernas.
Caso ocorreu em escola estadual de Campinas.

professora da rede estadual de São Paulo que foi 'colada' em uma cadeira pelos alunos na cidade de Campinas, a 93 quilômetros da capital, já voltou à sala de aula na segunda-feira (22) e agora o Conselho de Pais e a direção do colégio vão decidir que punição será aplicada aos três garotos, com idades entre 12 e 15 anos, que são suspeitos de ter posto a cola de secagem rápida na cadeira.



O caso ocorreu na sexta-feira (19) na Escola Estadual Reverendo Eliseu Narciso. Por enquanto, os estudantes continuam freqüentando as aulas.

O material corroeu a calça jeans da professora, de 28 anos, que teve queimaduras de primeiro grau nas pernas. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, o conselho de pais e a diretoria vão se reunir na sexta-feira (26) para resolver o destino dos estudantes. Eles podem ser advertidos, suspensos ou transferidos de escola. Na rede estadual não se pode expulsar os alunos do colégio.

O caso foi registrado pela polícia e encaminhado à Vara da Infância e da Juventude do município. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um aluno de 12 anos disse, à polícia, ter derramado a cola na cadeira por não gostar da professora. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência a docente sentou na cadeira para fazer a chamada de alunos quando sentiu uma forte queimação na parte traseira da perna direita. Ela foi socorrida por um funcionário da escola e levada a um posto de saúde da região.

Após ser ouvido pela polícia, o garoto foi liberado mediante um termo de compromisso assinado pelo responsável, segundo a SSP. A polícia solicitou que a professora fizesse exame de corpo de delito.

De acordo com a seccional do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Campinas, a entidade ofereceu assessoria jurídica para a docente, mas ela disse, segundo a entidade, que não pretende processar nem o estado nem os pais dos alunos. “O problema da violência na escola é muito grave e precisa ser combatido”, afirmou o diretor estadual da Apeoesp por Campinas, Paulo Alves Pereira.


A entidade realizou uma pesquisa em junho deste ano com 580 professores associados da regional de Campinas e descobriu que um em cada quatro docentes já sofreu agressão física provocada por alunos. Outros 242 dos entrevistados já haviam tido episódio de agressão verbal e 135 de danos ao patrimônio como carros arranhados, pneus furados e telefones celulares quebrados por estudantes.

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