Conta à estória que era o gato que movia uma jovem para a parte íngreme da Pedra do Cruzeiro.
O portal Revista Central tem
acompanhado de perto as gravações do novo longa-metragem que está sendo
realizadas no município de Quixadá, no Sertão Central cearense,
trata-se do filme “Gato Preto”, que tem como diretor o quixadaense
Clébio Viriato Ribeiro, no elenco tem a atriz Jane Azeredo, Juliana
Carvalho, Sidney Souto, Haroldo Serra, Alexandre Mandarino e marca o
retorno ao cinema da atriz, produtora cultural e diretora Aurora Duarte.
Ela estrelou o clássico "A Morte Comanda o Cangaço", de 1960, com
Alberto Ruschel que depois mudaria para a Itália. O ator Jackson Antunes
e o cantor Ney Matogrosso também farão parte na segunda parte que será
gravada no fim do primeiro semestre de 2011.
A
palavra “Gato Preto” evoca várias superstições e muitas pessoas passam
distantes ao ver um gato dessa cor. Nas lendas contadas pelos mais
antigos, garantem que eles causam atrasos nas vidas das pessoas. Porém, o
filme do quixadaense aborda uma estória de uma criança, filha de um
casal que tinha alto poder financeiro e que recebeu a reencarnada de um
gato preto, após sua família ser amaldiçoada por ciganos que ao chegar a
Quixadá causaram invejas nos comerciantes da cidade na década de 1970 e
foram mortos.
“O
filme acontece nos dias atuais e conta a estoria de uma menina chamada
Mariana, quando completou 20 anos de idade ela se sentiu tomada por uma
grande força, que a fez correr pelas ruas de Quixadá e subiu na parte
mais íngreme da Pedra do Cruzeiro, ela dizia que era um gato que a
puxada", conta o diretor Clébio Viriato Ribeiro ao portal Revista Central.
“Quando
eu era pequeno, ouvi muita estória de uma menina que andava pelas ruas
de Quixadá, eu não considero lenda urbana porque nunca vir, mas estas
estórias é apenas um modo inspirador que vai ficando no inconsciente, é
também inspirado nos ciganos que eu vir muito na década de 1970”.
Ribeiro afirma que essas imagens que estava falando são de quando ele
tinha cerca de 6 a 7 anos. “Aquilo ficou na minha cabeça e transformei
em imagens de cinemas”, destaca. Ele deixa claro que o filme não é uma
biografia dessa menina e nem tampouco dos ciganos.
Na
visão de Clébio Ribeiro, os ciganos ainda são vítimas de preconceitos e
de discriminação por ser minoria, "o gato preto vai reconhecer a
importância que os ciganos deram na nossa formação cultural e vai
mostrar os ciganos de uma forma positiva”, cita.
Nas
cenas que iremos destacar no vídeo a seguir, mostram a cremação de uma
família que ao chegar a Quixadá foi recebida por violência pelos
comerciantes que não permitiam a presença desses povos na região. Na
luta entre ciganos e comerciantes, três ciganos da mesma família foram
assassinados, inclusive um gato preto. Os demais ciganos fazem a
cremação das vítimas e se despedem da “terra dos Monólitos”, uma senhora
que estava grávida amaldiçoa a família dos assassinos. 20 anos depois a
maldição é infiltrada em uma jovem chamada Mariana, que após sentir os
sintomas sai correndo as ruas de Quixadá e vai parar na parte mais alta
da Pedra do Cruzeiro. Conta à estória que era o gato que movia essa
jovem para lá. Essas cenas foram gravadas as margens do açude poluído do
Eurípides.
Confira as imagens de Chico Javali e Jackson Perigoso
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