Menor viciado em maconha e crack fica preso numa grade até a chegada de conselheiros tutelares em Quixadá
Quixadá. A auxiliar doméstica Maria Francilene Soares de Almeida, 35 anos, tomou uma atitude desesperada para livrar o filho das drogas. Ela acorrentou o menor de 15 anos, F.D.S., a uma grade, na creche transformada em abrigo para a família. Não suportava mais ver o mais velho de quatro irmãos consumindo crack pelas ruas de Quixadá. Para sustentar o vício, além de levar pequenos objetos de casa, ele já estava se envolvendo com traficantes. “A alternativa que tive foi acorrentá-lo”, desabafou.
Quixadá. A auxiliar doméstica Maria Francilene Soares de Almeida, 35 anos, tomou uma atitude desesperada para livrar o filho das drogas. Ela acorrentou o menor de 15 anos, F.D.S., a uma grade, na creche transformada em abrigo para a família. Não suportava mais ver o mais velho de quatro irmãos consumindo crack pelas ruas de Quixadá. Para sustentar o vício, além de levar pequenos objetos de casa, ele já estava se envolvendo com traficantes. “A alternativa que tive foi acorrentá-lo”, desabafou.
Mas logo o coração de mãe bateu mais forte. Francilene solicitou a presença dos conselheiros tutelares de Quixadá em seu abrigo. Relatou que chegou a pensar em matá-lo e em seguida praticar suicídio. Foi detida pela mãe, Raimunda Soares de Almeida, e orientada a mantê-lo ali, preso a uma corrente até a chegada de alguma autoridade pública. No fim da tarde, o filho foi libertado.
Os conselheiros tutelares Lucilene Xavier e Talvanes Alves atenderam o chamado. Flagraram o menor com um cadeado no pulso, sentado num banquinho, ao lado da grade onde funcionava a cantina da Creche Sorriso de Criança, no bairro Campo Novo. Não bastassem as lágrimas da mãe, se comoveram mais ainda em saber que além do filho viciado e de outras três crianças, Francilene ainda está criando uma menina, cuja mãe a havia abandonado pelas drogas.
“Bamba”, como é mais conhecida a conselheira, informou que o caso do adolescente será apresentado ao juiz da Vara da Infância e da Juventude de Quixadá. O menor que abandonou os estudos faz três anos poderá ser encaminhado ao centro de reabilitação de dependentes químicos situado na periferia da cidade, na Fazenda Novos Horizontes, ou recolhido a uma unidade correcional, na Capital. A mãe não foi denunciada por cárcere privado, já que solicitou amparo do órgão tutelar do município.
Sobre o vício, o menor confessou ter adquirido a partir da liberdade de ir para onde quisesse, a qualquer hora do dia ou da noite. Logo lhe ofereceram maconha e depois o crack. Hoje, usa os dois. Compra o “kit” por R$ 5,00.
A mistura das duas substâncias entorpecentes é chamada de “mesclado”. Quando não tem dinheiro, troca por tudo quanto é objeto que pode apanhar em casa ou furtar. Da última vez foi um par de sandálias, da mãe.
Alex Pimentel
Colaborador
Diário do Nordeste
Os conselheiros tutelares Lucilene Xavier e Talvanes Alves atenderam o chamado. Flagraram o menor com um cadeado no pulso, sentado num banquinho, ao lado da grade onde funcionava a cantina da Creche Sorriso de Criança, no bairro Campo Novo. Não bastassem as lágrimas da mãe, se comoveram mais ainda em saber que além do filho viciado e de outras três crianças, Francilene ainda está criando uma menina, cuja mãe a havia abandonado pelas drogas.
“Bamba”, como é mais conhecida a conselheira, informou que o caso do adolescente será apresentado ao juiz da Vara da Infância e da Juventude de Quixadá. O menor que abandonou os estudos faz três anos poderá ser encaminhado ao centro de reabilitação de dependentes químicos situado na periferia da cidade, na Fazenda Novos Horizontes, ou recolhido a uma unidade correcional, na Capital. A mãe não foi denunciada por cárcere privado, já que solicitou amparo do órgão tutelar do município.
Sobre o vício, o menor confessou ter adquirido a partir da liberdade de ir para onde quisesse, a qualquer hora do dia ou da noite. Logo lhe ofereceram maconha e depois o crack. Hoje, usa os dois. Compra o “kit” por R$ 5,00.
A mistura das duas substâncias entorpecentes é chamada de “mesclado”. Quando não tem dinheiro, troca por tudo quanto é objeto que pode apanhar em casa ou furtar. Da última vez foi um par de sandálias, da mãe.
Alex Pimentel
Colaborador
Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário