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sábado, 6 de dezembro de 2008

Chávez completa 10 anos no poder


Dez anos depois de vencer as eleições presidenciais na Venezuela, Hugo Chávez conseguiu virar um polêmico líder regional, um chefe de Estado que desafia as grandes potências e que deseja de qualquer maneira continuar no poder até 2019.

Populista, verborrágico e plenamente convencido de que sua revolução bolivariana está apenas dando os primeiros passos, Chávez, de 54 anos, comemora hoje sua primeira década no poder, concentrado em uma emenda constitucional, a ser votada em referendo, que, se aprovada, permitirá que ele se reeleja mais uma vez.

Para seus partidários, Chávez é um líder imprescindível. Para seus opositores, é um governante que deseja se eternizar no poder, não suporta críticas e conseguiu a sociedade venezuelana entre os que o apóiam e os que gostariam de vê-lo longe do poder.

´O que começou em 1998 como um projeto de mudança social terminou em uma única proposta: a reeleição indefinida. Todas as promessas se concentraram em uma só palavra: Chávez. Ele é o povo, a revolução e agora quer ser também o tempo´, declarou Alberto Barrera Tyszka, co-autor do livro ´Chávez sem uniforme´.

´Propusemos uma emenda que será submetida a referendo para que o povo decida. Não temos porque renunciar a um líder como Chávez´, argumentou Earle Herrera, deputado e membro da Assembléia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1999. Em dezembro de 2007, quando um projeto de reforma constitucional que incluía a reeleição indefinida foi rejeitado em um referendo popular, Chávez sofreu sua primeira derrota eleitoral em nove anos.

Quase um ano depois, no dia 23 de novembro, o chavismo obteve uma vitória ambígua nas eleições regionais - seus candidatos venceram na maioria das regiões, mas a oposição ficou com a parte mais rica do país, responsável por 70% do PIB, incluindo a prefeitura da capital, Caracas.

A campanha para a emenda constitucional, batizada ´Uh ah, Chávez no se va´, já está nas ruas da Venezuela e pretende conseguir o apoio das classes populares. ´Sou um soldado às ordens do povo, meu chefe se chama povo da Venezuela´, garante o presidente, consciente de que essa emenda é sua última oportunidade de continuar governando.

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