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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Brasil piora 8 posições no ranking de corrupção

Índice de corrupção do País, 3,5, se manteve estável; País empatou com Marrocos, Arábia Saudita e Tailândia

Brasília. O Índice de Percepção da Corrupção no Brasil se manteve estável em 2008 na comparação com o ano anterior, mas o país caiu oito posições no ranking dos países que tem menor percepção da corrupção no setor público, ficando agora com a 80ª posição, divulgou ontem a organização não-governamental Transparência Internacional.

Mesmo com a manutenção do índice em 3,5, o Brasil aparece atrás de países como Butão, Botsuana, Gana e Seicheles na lista da ONG.

Na América do Sul, o Brasil ficou à frente de Argentina, Bolívia, Paraguai, Equador e Venezuela. O país também está empatado no ranking com Burkina Faso, Marrocos, Arábia Saudita e Tailândia.

A Transparência Internacional detectou uma ´ligação fatal entre pobreza, instituições falidas e corrupção´ no mundo como um todo.

De acordo com a entidade, a presença de países como Somália, Iraque e Haiti na parte de baixo do ranking mostra que o aumento da corrupção provoca um ´contínuo desastre humanitário´. ´Nos países pobres, os níveis de corrupção podem ser a linha divisória entre a vida e a morte, quando dinheiro para hospitais ou água potável está em questão´, disse Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional, em comunicado oficial. ´Porém, até mesmo nos países mais privilegiados, onde as sanções são aplicadas de forma perturbadoramente desiguais, o combate à corrupção precisa ser enrijecido´, acrescentou.

Menos corruptos

Pelo segundo ano seguido, Dinamarca e Nova Zelândia lideraram o ranking de países com menor percepção de corrupção, dessa vez empatadas com a Suécia. No ano passado, a Finlândia também dividia a liderança. Haiti, Mianmar, Iraque e Somália ocupam as últimas posições.

O Índice de Percepção da Corrupção é calculado pela Transparência Internacional com base em diferentes pesquisas do setor privado e junto a consultores. O ranking conta com 180 países. O índice 10 como ausência de percepção de corrupção e o índice 0 como percepção total de corrupção.

Judiciário

A pontuação foi obtida pela análise de diversos indicadores - no caso brasileiro, sete foram utilizados como fonte.

As pesquisas mostraram que a América Latina tem o pior nível de confiança no seu Judiciário: quase três em cada quatro latino-americanos entrevistados em dez países da região declararam acreditar que existe corrupção nesta esfera de poder, afirmou a TI.

Além disso, 54% dos entrevistados em uma pesquisa no ano passado disseram esperar que a corrupção aumente.

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